29 abril 2009

Solidão



"Zangou-se com a mulher que mais ama no mundo. Depois percebeu que a solidão que sentia quando estava de facto só era diferente daquela que sente agora. Quando estava só era como se o mundo o tivesse abandonado. Agora sabe que o mundo não o abandonou mas ela sim. E como o mundo não o abandonou passa a ser ele as coisas. Ele e o banco de um bar, ele e o banco de um jardim, ele e a montra de um pronto-a-vestir, ele e as escadas em caracol de um edifício cansado. Detesta mais esta solidão em que está com as coisas do que a outra, aquela em que estava realmente só."

texto roubado a Não Compreendo as Mulheres

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